quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Assassin's Creed 3 - de árvore em árvore até o mar

Vou falar aqui do último jogo da franquia Assassin's Creed, pela Ubisoft. Tentarei evitar spoilers do 3, mas vou falar livremente dos outros, porque acho que quem tá interessado no 3 já deve ter jogado as outras edições.



Essa terceira edição (minha namorada fica confusa e insiste que não, mas essa é a 3, o resto com o Ezio era 2 ainda heh) continua de onde o Revelations parou, com o Desmond e cia (- Lucy) indo atrás do mecanismo, ou o que quer que seja, que irá evitar a destruição da Terra pela explosão solar (não do Sol hehe). Eles chegam em uma caverna onde, supostamente, o tal mecanismo se encontra e precisam de uma chave especial para atravessar uma barreira de energia.

Para encontrar a chave eles precisam voltar mais uma vez ao passado da linhagem do Desmond, só que dessa vez eles vão seguir as trilhas de um ancestral dos Estados Unidos, na época da guerra civil de separação entre EUA e Inglaterra.
No começo da campanha você está na pele de Haytham e não do Connor, que muitos viram na capa e teasers do jogo. Não posso falar muito mais se não estraga muita coisa ;)


 
 
Uma coisa que sem dúvida consegue se perceber de cara no jogo são os efeitos visuais que estão excelentes. A engine clássica dos outros jogos foi modificada e agora utiliza recursos do DX11 como Tesselation, além de apresentar um DOF (desfocar as coisas em que não se está "prestando atenção") bem legal (e muitas vezes exagerado). Um único problema em relação à parte gráfica é que o jogo está estupidamente pesado, não pela qualidade de imagem, que, apesar de bem legal, não era pra deixar o FPS cair na casa dos 30 com uma 7970, mas por falta de otimização no uso da CPU e, caramba, como esse jogo precisa da CPU.
 
O mundo está muito mais dinâmico que nos outros capítulos, além de bem maior. Tem animais dos mais variados tipos que você pode caçar para vender as peles, ou conseguir material para produzir mercadoria e exportar, ou quests de caça dadas pelos "Frontierman".
 

 
 
Claro que, como em todos os outros, as habilidades de escalada do protagonista no passado continuam aí e até muito mais legais do que nos outros. É possível escalar encostas de rochas, subir em árvores (que é muito legal, dá pra ver um pouco no vídeo que postei) e em praticamente qualquer construção, inclusive passando por dentro de casas na hora de fugir dos guardas, coisa que não era possível nas versões anteriores.
A história principal te prende bem, mas caramba, esse jogo tem muita coisa extra pra se fazer, muita mesmo. Ele se livra de algumas coisas que eu, particularmente, achava bem chato, como ter que ficar mandando os assassinos em missões para uparem, ou ter que coletar uma quantidade de enorme de coisas aleatórias (ainda tem, mas menos).
O que achei mais legal, a ponto de poder esquecer o jogo inteiro e ficar só nisso, são as batalhas navais. Sim! Você tem seu próprio navio e sai por aí pilotando, mandando os marujos içarem a vela e dispararem com os canhões. Gravei alguns vídeo de pilotagem e batalha no mar:

 
 
Nem tudo são flores também, como eu já disse, ele é muito pesado (mal otimizado até pelo que vi na web e pelo uso da minha CPU) até para o meu 2500k @4.5ghz, podendo o fps variar de 100+ em áreas fechadas e sem muitos NPCs, até 30+ em cidades como Boston, mas de qualquer forma eu não esperava muito nesse departamento vindo da Ubisoft. Outro problema é que, em prol da simplicidade, eles retiraram a necessidade de ter que segurar algumas teclas pra dizer quando você quer subir em algo, ou acelerar a escalada e por aí vai. No geral isso é bem legal (joguei o jogo inteiro com controle de Xbox a propósito) e realmente facilita, mas tem vezes que é irritante, porque o Connor acaba subindo em um lugar que você nem queria, aí fica ali parado sem descer e você querendo fugir, pode ser bem frustrante. Alguns dos objetivos opcionais são bem irritantes também, não por serem difíceis (e tem alguns bem difíceis, mas muito legais), mas por serem frustrantes mesmo, no sentido de ser uma coisa tão besta, mas que sai muito do objetivo principal.
 
No geral é isso, joguei cerca de 40 horas no primeiro playthrough, fazendo todos os objetivos opcionais, várias quests extras, principalmente da minha vilinha, mas deixando algumas coisas que não tive saco pra lá, como catar todas as penas e coisas do tipo. Gostei bastante e recomendo!